Depois do Camaleão se juntar ao grupo, todos os animais se puseram a caminho do novo ninho do Papa-Figos para festejar o seu aniversário.
“Uff! Podemos parar um bocadinho?”, disse o Texugo enquanto se aproximava do tronco de uma árvore.
“Já estás cansado Texugo?”, perguntou-lhe, surpreendido, o Ratinho.
“Estive a manhã toda a escavar a minha nova toca, só preciso de descansar um pouco”, respondeu-lhe o Texugo, suspirando.
“Eu cá acho que o nosso amigo Texugo anda a comer frutinha a mais”, disse em tom de brincadeira o Urso.
O Ratinho soltou uma enorme gargalhada que contagiou todos os outros animais a fazer o mesmo, até o Texugo.
“Bem, já que vamos parar, vou aproveitar para me refrescar naquele riacho ali à frente”, avisou o flamingo.
Os restantes animais sentaram-se perto uns dos outros, na relva fresca e fofinha coberta pela sombra de uma bela árvore.
“O que nós fazemos pelo Papa-Figos!”, disse a raposa enquanto limpava as suas patinhas.
“Ele merece, é um grande amigo. Ainda me lembro bem do dia em que o conheci!”, disse o texugo com um ar pensativo.
“Conta! Conta! Conta!”, pediram os animais de uma forma que parecia ensaiada.
“Está bem, eu conto, eu conto!”, respondeu o Texugo.
Todos os animais se posicionaram confortavelmente para ouvir a história de como o Texugo conheceu o Papa-Figos.
“Por onde é que eu vou começar, Hmmmmm!”, disse o texugo com um ar pensativo.
“Pelo início, Texugo!”, respondeu, sorrindo, o Urso.
“Se bem me lembro, tudo começou por causa da Pega-Rabuda que pegou nas amoras que tinha acabado de apanhar.”, começou por afirmar o Texugo.
“Hmmmm! Amoras! Estou a ficar com fome.”, disse o Ratinho enquanto esfregava a sua barriguinha.
Depois de um pequeno silêncio, a atenção dos animais voltou-se novamente para o Texugo.
“O Papa-Figos viu-me a chorar e perguntou-me o que se tinha passado.”, continuou a contar a sua história, o Texugo.
“Depois de lhe ter dito que tinha ficado sem as minhas amoras ele disse que me ia ajudar.”
“E assim foi! Pouco tempo depois o Papa-Figos voltou com as minhas amoras.”
“O Papa-Figos é o maior!”, disse o ratinho com muita certeza.
E a Pega-Rabuda, Texugo?, perguntou o Camaleão, que tinha estado muito atento a toda a história.
“A Pega-Rabuda acabou por me pedir desculpa porque não sabia que as amoras eram minhas.”, respondeu-lhe o texugo.
“A partir desse dia o Papa-Figos e a Pega-Rabuda tornaram-se os meus melhores amigos!”, afirmou por fim o texugo.
“Zzz! Zzz!”, todos os animais supreenderam-se com um ressonar forte. O Urso acabou por adormecer com a história.
“O nosso amigo Urso aproveita sempre algum tempinho para tirar uma soneca!”, disse, sorrindo, a Raposa.
“Vamos ter de o acordar, está a ficar tarde”, disse o Texugo.
O Texugo chegou perto do urso, fazendo-o acordar com umas coceguinhas no pescoço. Todos soltaram uma gargalhada por causa da reação confusa do urso quando abriu os olhos.
“Vamos urso! Temos a festa de aniversário do Papa-Figos!, disse o ratinho ainda a sorrir.
“Não estava a dormir, ratinho! Só fechei os olhos por uns segundos.”, explicou o Urso ainda um bocado confuso.
Entretanto, o Flamingo voltava do riacho.
“Estou bem melhor agora!”, disse o Flamingo quando chegou perto dos seus amiguinhos.
“Não és só tu, Flamingo. Aqui o nosso amigo Urso também está bem melhor!”, disse em tom de brincadeira o Texugo!
Todos os animais soltaram uma gargalhada e puseram-se a caminho do ninho do Papa-figos.
“Olhem! Olhem! O ninho do Papa-Figos é já ali!”, exclamou, com grande entusiasmo, o camaleão.
Qual será a reação do Papa Figos à surpresa dos amigos? Será que vai ser desta que o vão encontrar? Não percas a resposta a estas perguntas, aqui mesmo, já em dezembro.